segunda-feira, 18 de junho de 2007

Fragmentos


Postado por Gustavo Eloi



Fragmentos retirados do texto Metro e o fenômeno dos jornais gratuitos, do jornalista André Rosa de Oliveira (Marmota), em 11/06/2007:

(...) O formato popular comum na Inglaterra ressurgiu com força no Rio Grande do Sul (Diário Gaúcho), Rio de Janeiro (Expresso), em Brasília e BH (Aqui). O diário esportivo Lance (que você deve conhecer) e o espanhol Qué (esse pouca gente conhece) apostam alto na participação dos seus leitores - talvez o jornal madrileno seja o que mais se aproxime, no futuro, de uma publicação 100% participativa.

Entre todas as possibilidades para "salvar" o impresso, demorou para surgir um exemplo de peso marcando outra dessas tendências globais: o tablóide gratuito.

Um mês de Metro - Não vamos ser injustos: quem nunca viu um tablóide gratuito, especialmente em São Paulo? Exemplos clássicos como a Gazeta de Pinheiros ou o Metrô News já viram pelo menos duas gerações. Outras publicações facilmente encontradas no balcão da padaria ou da farmácia, no entanto, eram verdadeiros "prostitutos da notícia": anúncios de página inteira dividiam espaço com discutíveis textos pagos.

Independência editorial? Design atraente? Publicidade forte? É possível exigir isso em um jornal gratuito? Em 2006, os paulistanos viram a primeira resposta positiva ao conhecerem o Destak, iniciativa do grupo português Cofina. (...) são 200 mil exemplares de segunda à sexta, com quase 1 milhão de leitores diários.

O Destak não está mais sozinho. Apresentado como "o maior jornal e de crescimento mais rápido em todo o mundo", o Metro (lê-se "métrou") foi fundado na Suécia em 1995, e tem edições diárias em mais de 80 cidades em 20 países da Europa, Américas e Ásia. No dia 7 de maio (exatamente há um mês atrás), graças a uma parceria do Grupo Bandeirantes, o Metro passou a circular também em São Paulo. De segunda à sexta, dezesseis heróicos profissionais multifuncionais produzem as 150 cópias gratuitas de alto padrão internacional, bem diagramado, cheio de cores vivas e mesclando informações de consumo rápido com algumas (poucas) reportagens exclusivas e variadas.

Respostas ou mais perguntas? - Não há como ignorar essa nova força: na Europa, os diários gratuitos já são mais lidos que os tradicionais. Já no primeiro editorial da edição paulistana, o Publimetro (nome latino do Metro) traz duas questões onde a resposta é, em tese, o próprio jornal: no cotidiano cada vez mais acelerado das grandes cidades, quem tem tempo de ler um jornalão tradicional? E para nós, que vivemos conectados em rede, qual o sentido de pagar para receber informação? (...)

2 comentários:

Anônimo disse...

Puxa, muito legal saber que meu textinho virou objeto de estudo em uma disciplina jornalística. Sucesso a todos!

Anônimo disse...

Não sei como faço p/ postar, peguem meu e-mail ae... bruno_domenici@hotmail.com